"O Esquema Fenício" - a quantidade não equivale a qualidade

30-05-2025

O Festival de Cannes terminou e já estrearam alguns dos filmes que estiveram na competição oficial. O novo filme de Wes Anderson é mais uma obra que demonstra que a quantidade não equivale a qualidade. Mas já lá vamos.

Em O Esquema Fenício acompanhamos a história do milionário Zsa-Zsa Korda que se vai apercebendo, à medida que o tempo avança, que o tempo poderá estar a chegar ao fim para ele, de tal modo que nomeia a sua filha Liesl como herdeira única da sua fortuna apesar de os dois não terem uma boa relação.

Esta é a premissa que arranca a história e a partir daí nascem novas aventuras nas suas vidas, novos desafios por completar, novos dilemas por resolver. À boa moda de Wes Anderson as coisas vão acontecendo a ritmo acelerado, com transições rápidas e planos de cortar a respiração.

Os cenários do filme são realmente fantásticos e nisso parece que Wes Anderson nunca desilude. Viajamos para um outro mundo, um mundo diferente do que conhecemos e isso é bom. Para não falar da fotografia que continua impecável. 

O problema está na construção da narrativa e da história que apresenta algumas falhas. Não que seja falhas nítidas, mas fazem confusão algumas transições fugazes e superficiais. 

Assim parece que a obra de Wes Anderson vai de encontro áquilo que pretendo: imortalizar os seus filmes. Mas num curto espaço de tempo fez vários filmes e várias curtas-metragens, de tal modo que a quantidade de obras realizadas não foi sinónimo de qualidade cinematográfica perante o potencial que os seus filmes têm e a sua capacidade de fazer bom cinema. 

Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora