"Grand Tour" - maçudo e pouco intrigante

20-09-2024

A vitória do prémio de Realização no festival de Cannes para Miguel Gomes desperta o entusiasmo dos cinéfilos portugueses pelo feito inédito conseguido. Deste modo, Grand Tour deixou-me com as expectativas muito elevadas.

Grand Tour é um filme dividido em duas partes, cada uma a contar a perspetiva do casal em torno do casamento. Edward a fugir do casamento e Molly à procura do seu marido. Na versão do Edward vemos a sua procura pela deambulação, a busca pelo caminho incerto. Já a Molly temos a procura incessante pelo marido numa viagem atribulada.

No entanto, o filme peca, a meu ver, pela lentidão da história que se vai tornando maçuda e pouco entusiasmante. Nota-se a falta de alguma fluidez e um ritmo mais frenético para dar mais força à narrativa.

A fotografia é, na minha opinião, o melhor aspecto do filme. O retrato da história a preto e branco é espetacular e bem articulado Os próprios momentos a cores, que tem o intuito de documentar o cenário asiático, foram bem definidos.

Uma narrativa mais intrigante tornaria o filme mais apetecível.

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