"Nascido para matar" - a guerra é um desperdício

De facto a guerra não é a melhor maneira para resolver um conflicto. Em Nascido para matar acompanhamos, numa primeira parte um centro de formação de fuzileiros. Ali se preparam homens para seguir a carreira de fuzileiros e, mais tarde, partirem para a guerra.
É uma formação exaustiva, desgastante, rígida como uma formação para as forças armadas e, de modo particular, para uma carreira de fuzileiros o exige. Nem todos estão ao mesmo ritmo e nem todos têm a mesma facilidade de cumprir com os treinos exigentes. Aqui a história se afunila e se foca em duas personagens, Joker e Pyle, em que o primeiro ensina o segundo, que tem mais dificuldades, a conseguir superá-las e a ultrapassar os obstáculos do curso.
Pyle vai, aos poucos, enlouquecendo e assim acaba o curso num desfecho surpreendente. Mais tarde o filme acompanha já Joker preparado a seguir na guerra do Vietname. Sempre com o capacete com a frase inscrita "nascido para matar", Joker mais tarde se apercebe da inutilidade da guerra e segue com pin com o símbolo da paz. O filme navega pelas terra do Vietname e vemos de perto como é feito a cobertura de guerra.
Nascido para matar é um filme intenso e frenético. Capaz de nos perceber o que é ser militar e o que é estar numa guerra. Com cenas de treino e de guerra bastante fidedignas é capaz de nos fazer estar presentes no meio da ação.
Stanley Kubrick cria um filme de guerra em que nos avisa para os perigos desta forma de resolver conflitos e nos ensina que devemos viver num mundo de paz.