"O Menu" - degustação de uma sátira saborosa

É sempre agradável ir ao cinema ver um filme com conceito inovador. Em O Menu Margot e Tyler deslocam-se para uma ilha para poderem jantar num restaurante de luxo, apenas possível por marcação. Se, à primeira vista, parece-nos mais um serão normal de um jantar de um casal, é possível experienciar uma história muito saborosa.

Ao longo do filme cada prato do jantar é apresentado e sustentado ao longo da narrativa. Na figura do chef Slowik que se cria esse propósito, é o rosto de um restaurante que quer que este não seja um jantar a mais. E de facto não foi para todas as pessoas que tiveram a possibilidade de ir, para além de Margot e Tyler, desde milionários, críticos de culinária e famosos.

Em O Menu somos presenteados por uma refeição completa, capaz de nos prender ao que há de mais bizarro na alta gastronomia e na classe rica. Desde a entrada à sobremesa, vimo-los a comerem tudo e a não deixarem nada.

Uma sátira bem temperada, mas insonsa na exploração das personagens secundárias e do seu passado. De modo particular, faltava criar uma empatia sobre a história do chef Slowik, a personagem central da ação, para que não ficássemos com uma ligeira fome no final do filme. É um filme agridoce, mas apetecível para os nossos olhos.