"Regresso a Seul" - a descoberta de uma casa que não conhecemos

Regressar ao país natal onde foi o local do nosso crescimento é uma aventura predisposta a várias descobertas.
Em Regresso a Seul, Freddie regressa ao país onde nasceu - a Coreia do Sul. A jovem foi levada para ainda para adoção ainda bebé, já que os Pais não tinham possibilidade de a criar.
A curiosidade natural fala sempre mais alto e Freddie parte para Seul em busca de uma cultura que, de alguma maneira, também é sua. Ela sente isso. Sendo este regresso diferente dos outros pelo facto de desconhecer o seu país, Regresso a Seul torna-se numa procura pelas suas origens, pela terra onde nasceu e que se vai sentindo, aos poucos, como a sua casa.
Sente-se o choque, o contraste das culturas, a diferença das convicções e das aspirações familiares, distanciadas ainda mais por Freddie não saber falar coreano.
Davy Chou enriquece e muito a construção fílmica. O facto de o realizador optar, em certos períodos, por planos mais próximos, mais fechados, dão espaço para os atores brilharem nas cenas fulcrais do filme.
Regresso a Seul é um filme cujo título deixa a sensação de ser uma história melancólica e profunda, mas que nos desperta para várias viagens percorridas por Freddie necessárias para a sua autodescoberta.